O que é plano de negócio?
Não sabe o que é plano de negócio? A gente explica! Entenda tudo sobre o assunto e saiba como fazer um plano para sua empresa.
É comum um empreendedor iniciante não saber o que é um plano de negócio. Mas é necessário que ele busque mais informações sobre para que serve esse mecanismo em uma empresa.
Isso porque, para obter sucesso no empreendedorismo é necessário planejamento e organização. Por isso preparamos esse artigo, visando esclarecer a finalidade, os objetivos e a importância do plano de negócio.
Também vamos entender como fazer esse documento formal e conferir um exemplo de plano de negócio pronto e simples. Tudo isso para facilitar a abertura de um novo empreendimento ou ajudar no crescimento de empresas que já funcionam.
Além disso, é importante conhecer a diferença entre um plano de negócio e um modelo de negócio. Apesar de serem tidos como sinônimos, esses dois termos são instrumentos únicos que podem se complementar na construção ou adaptação de um empreendimento. Então, mãos à obra!
Índice
Afinal, o que é um plano de negócio e para que serve?
De acordo com material disponibilizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), um plano de negócio é um instrumento que traça um retrato fiel do mercado, do produto e das atitudes do empreendedor.
Com isso, é possível empreender com mais segurança e acreditando que há condições de êxito. E isso vale tanto para um negócio que vai ser construído como também para um que já exista e deseja promover inovações em seu segmento.
Mas, o que isso significa na prática? De maneira mais simples, um plano de negócio serve para organizar as ideias de um empreendedor.
Através desse mecanismo é possível registrar de forma clara quais são os objetivos do negócio. Além de descrever quais serão as estratégicas que devem ser pensadas e desenvolvidas para alcançar esses objetivos.
Um plano de negócio permite identificar e restringir seus erros no papel, ao invés de cometê-los no mercado
Sebrae
Qual é a finalidade de um plano de negócio?
O principal papel de um plano de negócio é ajudar o empreendedor a decidir se a ideia pensada é viável ou não para o empreendimento. Para chegar a essa conclusão, é preciso buscar informações específicas sobre o seguimento, os produtos comercializados e o tipo de serviço oferecido.
Também é necessário avaliar quem são os clientes, os concorrentes e os fornecedores do negócio em questão. Tudo isso sem esquecer de pensar sobre os pontos fortes e fracos que a empresa possui.
Após encontrar as respostas dessas questões, o empreendedor vai saber se vale a pena abrir/ampliar o negócio ou não. Portanto, trata-se de um processo de validação da ideia inicial.
Assim, quem quer empreender pode usar o plano de negócios como um instrumento de diminuição de riscos. É claro que esse mecanismo não elimina totalmente as ameaças e desafios, mas pode contribuir para evitar prejuízos futuros do empreendedor.
Com um plano de negócio é possível aprimorar o processo de gestão, ter riscos calculados, planejar ações e tomar decisões mais objetivas.
Quais são seus objetivos?
Além do papel principal do plano de negócio citado anteriormente, esse documento oficial também tem outros objetivos. São eles:
- Transmitir ideias sobre missão, valores, metas e estratégias da empresa;
- Ser um canal de comunicação entre o empreendedor, as demais pessoas da equipe e os parceiros;
- Servir como um instrumento de diagnóstico para saber se o empreendimento está seguindo o caminho próspero, avaliando a evolução do negócio e tomando medidas para corrigir possíveis desvios.
Diferença entre plano de negócio e modelo de negócio
Apesar de serem colocados como sinônimos, o plano de negócio e o modelo de negócio são documentos diferentes. E a principal diferença entre esses instrumentos é com relação ao tamanho.
Enquanto o modelo de negócio se resume ao canvas, que é o quadro subdividido com informações referentes ao projeto. O plano de negócio é mais extenso, alguns deles podem chegar até 50 páginas.
Como fazer um plano de negócio de uma empresa
Para fazer um plano de negócio é preciso pensar em alguns tópicos. Mas claro, o empreendedor deve adaptá-los para a realidade da empresa que possui. A seguir faremos um breve resumo de cada um deles levando em consideração as informações do Sebrae.
Sumário executivo
Nesse primeiro tópico é necessário começar com uma descrição sobre o negócio. Também é importante falar sobre os empreendedores, informando nome, endereço, telefone e um resumo do currículo.
Outros pontos que devem ser mencionados são: os dados da empresa, como nome, CNPJ (pessoa jurídica) ou CPF (pessoa física); missão; indicar o setor de atividade, por exemplo comércio, indústrias, prestação de serviço etc.
Além disso, é preciso definir a forma e o enquadramento jurídico da empresa. Tudo isso sem esquecer do capital social (valores iniciais em dinheiro, equipamento etc) e as fontes de recurso (própria, terceira ou ambos).
Análise de mercado
Depois do sumário executivo está na hora de estudar e descrever o mercado. Nesse caso, são três pontos específicos: clientes, concorrentes e fornecedores.
No primeiro tópico o empreendedor deve responder algumas perguntas sobre o público-alvo como: Faixa etária, sexo, classe social, interesses, onde moram porque compram e se são pessoas ou outras empresas.
Já quando se trata dos concorrentes é preciso levar em consideração as características deles. Por isso, é indicado conhecer a localização, o atendimento, as condições de pagamento e a qualidade dos produtos. Assim descobre-se os pontos positivos e negativos das empresas concorrentes
Por fim, um estudo sobre os fornecedores. Aqui são estudados os produtos, equipamentos e até móveis para montar a empresa. Mas também são pesquisados os preços, a qualidade e as formas de pagamento do produto a ser comercializado.
Plano de marketing
Nesse tópico do plano é preciso responder à cinco pontos, são eles: descrição do produto ou serviço, preço, quais estratégias promocionais serão utilizadas para vender, qual a estrutura de comercialização (como os produtos vão chegar até os clientes) e a localização do negócio.
Plano operacional
A primeira questão do plano operacional é o layout do espaço físico da empresa. Por isso, é necessário desenhar a planta de como vai funcionar a empresa, indicando cada espaço.
Ainda no plano operacional, o empreendedor deve informar qual a capacidade produtiva da empresa e quais são os processos operacionais. Nesse último caso, deve-se explicar cada etapa de produção.
Por fim, a necessidade de pessoal. Aqui é o espaço para adicionar os cargos, as funções e as qualificações necessárias para ocupar esses postos de trabalho.
Plano financeiro
De todos os prontos, o plano financeiro é, de longe, a etapa mais complexa do plano de negócio. Isso porque, é necessário estimar investimentos fixos, elaborar capital de giro, citar investimentos operacionais e fazer um investimento total desses pontos já citados.
Também é indicado usar esse espaço para estimar o faturamento mensal, de custo e de comercialização. Ainda é importante destacar a apuração de custos dos materiais diretos/mercadorias, estimar os custos com mão-de-obra, de depreciação e de custos fixos operacionais mensais.
Além de citar os demonstrativos de resultados e os indicadores de viabilidade. Nesse último ponto, o empreendedor vai avaliar o ponto de equilíbrio, a lucratividade, rentabilidade e os prazos de retorno dos investimentos.
Construção de cenários
Após o cansativo plano financeiro, é preciso elaborar situações como se a empresa estivesse funcionando. Quais são os cenários pessimistas e otimistas? Por exemplo, pode-se levar em consideração que nos primeiros meses de funcionamento as vendas podem ser baixas.
Então, é preciso pensar em como mudar as realidades ruins, quais estratégias utilizar e como seria possível evitá-las. Tudo isso vai contribuir para diminuir os riscos no futuro, quando a empresa já estiver funcionando.
Avaliação estratégica
Nesse tópico é preciso fazer uma avaliação do que se chama de FOFA, ou SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats). O primeiro F é referente ao termo “força”. O que o negócio em questão tem de forte no mercado? Esse ponto vem seguido do O de “oportunidades”. Quais as situações podem ser aproveitadas?
Depois vem outro F de “fraquezas”, isso porque se faz necessário saber e conhecer os pontos fracos do negócio. Já o A é com relação as “ameaças” do funcionamento da empresa. O que pode ameaçar o faturamento do negócio?
Avaliação do plano de negócio
Esse tópico foi criado para que o empreendedor reveja tudo que foi montado até então. Com isso ele deve se perguntar: “Será que vale a pena eu criar esse negócio?” Se a resposta for sim, conclua o plano de negócio com mais um passo.
Resumo das informações
Por fim, é preciso fazer um resumo das informações estudadas e coletadas até o momento. Aqui devem conter os cinco primeiros tópicos: sumário executivo, análise de mercado, plano de marketing, plano operacional e plano financeiro.
Exemplo de plano de negócio pronto e simples
Aqui você encontra um exemplo de plano de negócio simples e pronto. Trata-se de um instrumento para a empresa Doctor Sys, que visa soluções Integradas para Engenharia de Software.
Mas para fazer o próprio plano, o Sebrae disponibiliza no site um modelo que pode ser impresso e preenchido.
Qual a importância da elaboração de um plano de negócio?
De acordo com uma pesquisa elaborada pelo Sebrae a partir do estudo da base de dados da Receita Federal entre os anos 2005 e 2009, de cada 10 empresas formalizadas, apenas sete sobrevivem no Brasil após dois anos da abertura.
Esses números revelam que há uma falta de preparo por parte dos empreendedores para sustentar o negócio, mesmo em tempos difíceis. Por isso que o plano de negócio é importante para um empreendimento, pois com esse documento é possível aprimorar o processo de gestão, ter riscos calculados, planejar ações e tomar decisões mais objetivas.
As empresas de pequeno porte são fundamentais para estimular a economia do País e possibilitar a inclusão social, mediante a maior oferta de postos de trabalho. Elas representam 99,1% dos empreendimentos formais no Brasil, geram 52,2% dos empregos com carteira assinada e respondem por 20% do Produto Interno Bruto (PIB)
Sebrae
Por tudo isso e visando o sucesso do empreendimento, o empreendedor deve saber o que é, para que serve e como fazer um plano de negócio.