Proatividade supera fluência em inglês na busca por estágio, aponta pesquisa
Estudo da Companhia de Estágios ainda revela que habilidades comportamentais são decisivas para o recrutamento de estagiários.
O que você acha que é mais importante para conseguir seu primeiro estágio: ser proativo ou ter inglês fluente?
Um estudo realizado pela Companhia de Estágios com líderes de recursos humanos revelou que as empresas brasileiras valorizam cada vez mais as habilidades comportamentais, como a proatividade, a comunicação e o trabalho em equipe, em detrimento de habilidades técnicas, como o domínio do Excel ou o inglês fluente, na hora de contratar estagiários.
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O que diz a pesquisa?
O estudo, intitulado “A Visão do RH – Panorama do Mercado de Estágio no Brasil”, é realizado anualmente pela Companhia de Estágios e já está em sua terceira edição.
Dos entrevistados, 83% afirmaram que a principal habilidade buscada nos estagiários é a colaboração, seguida pela demonstração de busca por aprendizado constante (82%).
Além disso, a proatividade é considerada um ponto decisivo por 81% dos entrevistados, e as habilidades comportamentais, por 75%.
O domínio de ferramentas como o Excel e o Power BI (48%), a fluência em inglês (24%) e ter feito intercâmbio (10%) já não são mais habilidades que impactam tanto na escolha do candidato a uma vaga de estágio e ficaram mais no final dessa lista.
O levantamento contou com a participação de profissionais de recursos humanos que trabalham diretamente com recrutamento e seleção, sendo que 76% dos entrevistados estão na empresa há mais de 4 anos e meio e 52% são os principais responsáveis pelo processo de contratação.
A maioria das empresas (79%) está localizada no Sudeste do país e atua em setores como tecnologia, saúde, metalurgia, construção, educação, alimentação e bebidas, logística, financeiro, indústria automotiva, vestuário e calçados.
A importância da proatividade
Segundo Tiago Mavichian, CEO e fundador da Companhia de Estágios, “uma das competências mais procuradas pelos RHs nesse ano foi a proatividade, muito necessária para quem faz trabalho híbrido ou remoto. Imagina ficar esperando o gestor cobrar e passar outra tarefa? No mundo do trabalho atual não cabem mais estagiários assim”.
Por outro lado, a postura inadequada e a falta de energia foram citadas por 83% e 77% dos respondentes, respectivamente, como os fatores mais negativos de um candidato em um processo de seleção.
Habilidades comportamentais são cada vez mais valorizadas
Outro destaque do estudo é a importância das habilidades comportamentais para o recrutamento de estagiários.
Segundo a pesquisa, 75% dos entrevistados consideram esse aspecto como um ponto positivo e decisivo na hora de escolher um candidato.
Entre as habilidades comportamentais mais valorizadas estão a proatividade, a boa comunicação e o perfil colaborativo.
Dificuldades na contratação de estagiários
Embora 86% dos profissionais de RH entrevistados afirmem que os estagiários fazem parte de um mapa de talentos e podem ocupar posições futuras nas empresas, encontrar estudantes alinhados ao escopo da vaga, ao propósito do negócio e aos valores da organização tem sido uma dificuldade.
Os maiores entraves na contratação de profissionais em início de carreira são “atrair os melhores talentos” (58%), “garantir mais diversidade” (51%) e “fortalecer a marca empregadora” (50%).
Iniciativas das empresas para melhorar o recrutamento
O estudo da Companhia de Estágios também revelou que as empresas estão adotando iniciativas para melhorar o processo de recrutamento e seleção de estagiários.
Entre as ações mais comuns estão a busca por candidatos em redes sociais (75%), a realização de processos seletivos mais dinâmicos (62%) e a oferta de treinamentos para os recrutadores (52%).
Além disso, as empresas também estão investindo em programas de mentoria (44%), eventos de carreira (43%) e parcerias com universidades (38%).
Performance no trabalho presencial e híbrido
O estudo também mostrou que a performance dos estagiários vai bem tanto no modelo presencial quanto no híbrido.
Em 2022, 39% dos líderes de RH disseram que os estagiários desempenham suas atividades com mais qualidade no modelo presencial.
Já na constatação de uma melhor performance dos universitários no trabalho híbrido, houve um aumento – de 30% para 39% – de 2021 para 2022.
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